quarta-feira, 4 de abril de 2012

OVOS DE CHOCOLATE E OVOS FABERGÉ

Ovo de chocolate: um prazer único!
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Tempo de ovos de chocolate, tempo de se lambuzar com essa deliciosa iguaria. Crianças, adultos, não importa: é difícil achar alguém que não goste desse maravilhoso alimento!

É interessante conhecer um pouco da história do costume de presentear as pessoas com ovos de chocolate na Páscoa.

As raízes dessa prática estão situadas num passado bem remoto. Desde a Antiguidade, entre os povos nórdicos celebrava-se, ao fim de março, na passagem do solstício para o equinócio, início da primavera, uma festa dedicada a Eostre, deusa dessa estação (por extensão, protetora da fertilidade, da abundância e da renovação cíclica da vida); Eostre é simbolizada pela lebre (lembraram-se do coelhinho pascal?) e por ovos, imagens associadas à reprodução e à reciclagem da existência; essa celebração milenar, cuja origem se perde no tempo, ensejou a prática, em meio às comunidades nórdicas, germânicas e anglo-saxãs, de se trocar, à época da festa de Eostre, lebres e ovos como forma de se comemorar o renascimento da vida, no início de cada novo ciclo de estações e de plantio. O emprego do ovo como símbolo também está presente em muitas outras culturas.

Vale lembrar, por curiosidade, que a palavra inglesa que designa a Páscoa é easter, derivada do nome da deusa Eostre.

Fato é que os povos cristãos, tendo estabelecido uma regra única para a celebração da Páscoa (palavra que deriva do hebraico Pessach) em 325 d. C. no Concílio de Niceia, incorporaram, por volta do século XII, o hábito pagão da troca de ovos como forma de celebração do renascimento.

Devemos ter em conta, ainda, que a Páscoa cristã difere, em forma e significado, da Pessach judaica (o vocábulo pessach significa passagem); naquela, alude-se à ideia da ressurreição do Salvador; nesta, comemora-se a libertação do povo de Israel, que fora escravizado pelos egípcios, passagem narrada no Shemot (conhecido pelos cristãos como Êxodo), um dos cinco livros que compõem a Torá (que a cristandade designa como Pentateuco).

Voltemos ao tema inicial: ovos previamente esvaziados (para evitar-se o apodrecimento do seu conteúdo) e, em seguida, decorados passaram a fazer parte da tradição na Páscoa cristã; desenvolveu-se, com o passar dos anos, uma sofisticada arte de pintura de ovos, presente na cultura de alguns países europeus, especialmente na Ucrânia, onde essa delicada arte recebe o nome de pêssanka.

pêssankas
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Foi por volta do século XVIII — criação de cozinheiros franceses — que se agregou, à prática de dar ovos decorados como presente de Páscoa, o hábito de se recheá-los com chocolate (alimento trazido da América para a Europa em 1526 por Hernán Cortez). A produção industrial de ovos inteiramente feitos de chocolate data do final do século XIX; apenas em meados do século XX os ovos de chocolate passaram a exibir o formato que têm hoje.

Evidentemente, nem todos os ovos de Páscoa são de chocolate (ou de algum outro alimento); a respeito disso, há uma interessante história relativa a um costume criado pelos dois últimos monarcas russos.

Em 1885, o tzar Alexandre III, soberano de todas as Rússias, encomendou ao joalheiro Karl Gustavovich Fabergé a criação e produção de uma joia em forma de ovo, com a qual pretendia presentear sua mulher, Maria Feodorovna; a beleza e a opulência da joia causaram uma forte impressão na imperatriz; a partir daí, Fabergé passou a produzir anualmente, para o tzar, um ovo a ser dado de presente à sua esposa.

O primeiro ovo Fabergé (1885)
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Seu sucessor, o tzar Nicolau II, manteve o costume, presenteando, a cada ano (exceção feita aos anos de 1904 e 1905), a imperatriz Alexandra com uma joia em forma de ovo, criada por Fabergé; para a família imperial russa, foram produzidos cinquenta e dois ovos até 1917, cada qual com uma denominação própria; a maior parte dessas joias está preservada em diferentes coleções de arte mundo afora (oito delas estão desaparecidas). O valor de mercado dessas maravilhas da joalheria russa é, como podemos imaginar, bem elevado; para se ter uma ideia disso, basta mencionar que, em 2004, o preço de uma dessas obras de arte foi estimado, por uma famosa casa de leilões, em vinte e quatro milhões de dólares.

Treliça de rosas - ovo Fabergé (1907)
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Coroação - ovo Fabergé (1897)
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Bem, de minha parte fico com os deliciosos ovos de chocolate. E vocês?

Feliz Páscoa para os que a comemoram segundo a tradição cristã; para os que irão celebrar, de acordo com a tradição judaica, Pessach no período de 6 a 14 de abril de 2012, Chag Pessach Sameach!

Antonio Ozório Leme de Barros

sexta-feira, 30 de março de 2012

DEPOIMENTOS - 15



Temos a alegria de apresentar, a todos, dentro da série DEPOIMENTOS, esse vídeo com o relato da nossa querida colega Norma Noriko Yamamura Honda, a discorrer sobre o desejo de ser médica, o Professor Walter Edgard Maffei, um caso pitoresco e a XX Turma.

Norma está a desenvolver atividades profissionais nos campos da pediatria e da homeopatia; dedica-se, ainda, aos estudos da medicina chinesa; pratica tai chi chuan, qi qong e meditação; trabalha numa perspectiva holística.

Mais recentemente, ela passou a fazer parte da comissão organizadora dos eventos da XX Turma.

Não deixem de ver o vídeo!


sexta-feira, 23 de março de 2012

DEPOIMENTOS - 14


Vamos em frente com a série DEPOIMENTOS, que visa ao registro de lembranças do maior número possível de integrantes da XX Turma da Faculdade de Medicina de Sorocaba; trata-se de uma tarefa que, por suas naturais dificuldades, haverá de ser completada aos poucos, à medida que se tornar viável a captação de depoimentos dos colegas acerca dos tempos de faculdade, dos companheiros e dos professores, além de relatos de casos engraçados ou curiosos, ocorridos durante a nossa passagem pela escola.

Nesta oportunidade, trazemos o depoimento do querido colega Raul José Ciasca de Araújo, que vive em São Paulo, SP, onde exerce a profissão como cirurgião pediátrico; Raul é, também, um entusiasmado e dedicado participante da Comissão Organizadora dos eventos da XX Turma, de modo a devotar parte do seu tempo a valorizar a amizade fraternal que nos une desde os tempos da faculdade.

Vamos ouvir o Raul.

sexta-feira, 16 de março de 2012

A CAMINHO DA FESTA DOS 37 ANOS


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da esquerda para a direita: Magda e João Armbrust Neto, Dinah e Luiz Fernando Almeida Gomes da Silva, Edson e Célia Regina Castro Siqueira Franco, Norma Noriko Yamamura Honda, Amaury Proença, Marina Sales Leme de Barros (esposa do colega Ozório), Raul José Ciasca de Araújo e sua esposa Cristina, Antonio Ozório Leme de Barros e Neide e Waldemir de Silos Labonia.

No dia 3 de março de 2012, a Comissão Organizadora dos eventos da XX Turma da Faculdade de Medicina de Sorocaba reuniu-se para dar prosseguimento à preparação do nosso próximo encontro.

Como todos já sabem, ficou assentado que a festa em comemoração dos 37 anos da nossa formatura será nos dias 24, 25 e 26 de agosto de 2012 (reservem essas datas!), em local que divulgaremos oportunamente (estamos a pesquisar alguns hotéis nas Regiões da Grande São Paulo e de Sorocaba, visando a facilitar a participação do maior número possível de colegas, cuja maioria vive nessas áreas).

Depois da reunião de trabalho, os integrantes da Comissão celebraram, uma vez mais, a amizade que une os membros da XX Turma em agradável jantar realizado num dos bons restaurantes de Sorocaba, SP, cidade que está se tornando um importante pólo da gastronomia brasileira, especialmente por conta da alta qualidade de algumas das suas casas de alimentação.

Amigos: a XX Turma é para sempre!



sexta-feira, 9 de março de 2012

O ENCONTRO DE 2012 JÁ TEM DATA!


A Comissão Organizadora dos encontros da XX Turma da Faculdade de Medicina de Sorocaba acaba de definir a data da festa que realizaremos neste ano, em comemoração dos 37 anos da nossa formatura.

O evento ocorrerá nos dias 24, 25 e 26 de agosto de 2012, em local a ser definido brevemente (estamos em processo de escolha do hotel em que celebraremos mais essa conquista).

A providência mais importante que todos devem tomar agora é reservar esse período para o encontro: não marquem nenhum compromisso nesses dias, que devem ser destinados exclusivamente à festa da XX Turma!

Logo daremos notícias sobre o local do evento, que ocorrerá nas proximidades da Capital ou de Sorocaba.

A XX Turma é para sempre!

sexta-feira, 2 de março de 2012

GENTE DA XX TURMA - 91

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Outra imagem que nos foi fornecida pelo saudoso e querido companheiro Hertz Moura de Jesus: trata-se de foto captada durante alguma festa realizada possivelmente nas dependências do Centro Acadêmico Vital Brazil, durante a passagem da XX Turma pela Faculdade de Medicina de Sorocaba; nela podemos ver os colegas Luiz Otávio Soares Vial e Alder Olivier Bedran.

Será que algum deles ainda se recorda desse evento?



sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

GENTE DA XX TURMA - 90

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Esta rara imagem, cuja preservação devemos ao querido e saudoso colega Hertz Moura de Jesus, foi captada num dos primeiros encontros da XX Turma da Faculdade de Medicina de Sorocaba depois da sua formatura (possivelmente em 1980, na comemoração dos cinco anos dessa data).

Na foto podemos ver, da esquerda para a direita, os companheiros Quirino de Jesus Lopes, não-identificado, Zacharias Jabur, Roberto Akifumi Yamato, Reinaldo Salvestro, Benedito José de Sampaio, não-identificado, Amaury Proença e o também saudoso João Francisco de Moraes.


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

A ALEGRIA DE REVER OS AMIGOS - 2

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Sexta-feira à noite, São Paulo. Depois de sair de um maravilhoso espetáculo musical, decidimos, minha mulher e eu, jantar numa das mais queridas cantinas da Pauliceia, situada no bairro de Higienópolis.

Foi uma agradável surpresa e um enorme prazer encontrar ali o nosso estimado colega Enéas Antonio Rocco que, na companhia da sua mulher, estava a apreciar a excelência da gastronomia napolitana oferecida aos clientes da casa; vinha ele de uma sessão de cinema, arte da qual é grande conhecedor e assíduo apreciador.

Como sempre, a alegria de rever amigos de tão longa data predominou no ambiente; trocamos ideias sobre a próxima reunião da XX Turma de Medicina, para a qual ele se acha "convocado", a fim de colocar todo o seu gigantesco talento na criação de textos e quadros que possam ser aproveitados na noite da Festa da Amizade, que vai se tornando uma verdadeira instituição nos eventos da turma.

Temos certeza de que o Enéas não deixará de prestar a sua inestimável colaboração para o bom resultado das próximas festas da XX Turma; inteligência, habilidade e um agudo senso de humor não lhe faltam.

É claro que não poderíamos deixar de fazer o registro fotográfico desse prazeroso encontro, ora compartilhado com os usuários deste blogue.

Aguardem, para breve, notícias sobre a festa da XX Turma em 2012!

Um forte abraço,

Antonio Ozório Leme de Barros



sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

ELEIÇÃO DE MISS B - 2

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Esta foto, também cedida gentilmente pelo companheiro Enéas Antonio Rocco, registra o desenrolar da escolha de MISS B 1975 (da XXV Turma), cuja "comissão julgadora" foi formada por integrantes da XX Turma da Faculdade de Medicina de Sorocaba.

Ao que tudo indica, o "mestre de cerimônias" do certame foi o nosso querido  colega Angelo Hugo Conto Zaccariotto, aqui exibindo os seus dotes de apresentador; atrás dele, o indispensável tanque de água da escola, destino inevitável das candidaturas ao título; mais ao fundo, uma plateia atenta e exigente acompanha o concurso.

Inesquecível.


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

ELEIÇÃO DE MISS B - 1

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Essa preciosa imagem, que nos foi generosamente cedida pelo colega Enéas Antonio Rocco, registra a "comissão julgadora" para a eleição de MISS B 1975; quase todos os seus integrantes eram da XX Turma da Faculdade de Medicina de Sorocaba, que iria se formar no final do ano; essa divertida cerimônia, que fazia parte das festividades de recepção dos calouros, acontecia sempre em março ou abril, em torno do tanque de água (hoje desativado) que havia defronte ao prédio da escola.

A XX Turma, nessa data, organizara uma feijoada em um dos restaurantes no centro de Sorocaba, como parte das festividades de formatura; a eleição veio a ocorrer no final da tarde daquele dia.

Muito engraçada, a celebração teve nesse ano, como candidatos, colegas da XXV Turma; o resultado pouco importava, já que a graça da festa residia essencialmente na disputa e no empenho dos seus participantes.

Recentemente, uma outra foto da "comissão julgadora" desse mesmo evento nos foi gentilmente enviada pelo colega João Luís dos Santos Mascarenhas, da XXIV Turma; a ele, os nossos efusivos agradecimentos; oportunamente, a imagem será publicada neste blogue.

Pedimos, por favor, aos colegas que tiverem informações ou imagens de eventos dos quais a XX Turma tenha participado durante a sua passagem pela escola o compartilhamento desse material, que nos poderá ser enviado (para divulgação no blogue ou nos encontros da turma) por meio do nosso endereço eletrônico:


Por mais essa gentileza, antecipadamente agradecemos.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

ECOS DA FORMATURA - 81

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É possível que esta foto, generosamente cedida pelo companheiro Edmir Félix da Silva Júnior, já tenha sido publicada no blogue (afinal, temos um enorme acervo de imagens da XX Turma da Faculdade de Medicina de Sorocaba, formado por centenas de fotografias que registram a nossa história; nem sempre é fácil administrar esse volumoso material); certamente outras imagens captadas na mesma data ilustraram postagens aqui colocadas.

Trata-se de foto colhida em 1975, pouco antes da formatura da XX Turma; nela podemos ver um número expressivo de colegas (alguns desses, infelizmente, já nos deixaram), reunidos num final de atividades matutinas.

Os rostos deixam antever expectativas em relação ao futuro, esperanças e sonhos com relação à vida profissional que se descortinava à nossa frente.

Um belo momento que a fotografia registrou para sempre.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

ENCONTRO DE 2011 - 8

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No coquetel que deu início à festa realizada pela XX Turma da Faculdade de Medicina de Sorocaba em 2011, para a comemoração dos 36 anos da formatura, as presenças sempre bem-vindas dos colegas Roberto Hiroshi Hasimoto (aqui acompanhado de sua filha Cláudia Nishida Hasimoto, também médica) e Alder Olivier Bedran.

Novo encontro da XX Turma ocorrerá em 2012, na comemoração dos 37 anos da sua formatura; aguardem notícias em breve.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

XX TURMA: DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

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O gráfico acima indica a distribuição geográfica dos integrantes da XX Turma da Faculdade de Medicina de Sorocaba (somos, presentemente, noventa e oito colegas) residentes na Região Metropolitana de São Paulo e nas outras nove regiões administrativas do Estado; há, ainda, seis companheiros que residem em outras Unidades da Federação (Alagoas, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Tocantins) e um que vive na Alemanha.

Pode-se facilmente observar que setenta e cinco colegas residem na Grande São Paulo e na Região Administrativa de Sorocaba (76,53% do total), ao passo que dezesseis (16,32% do total) distribuem-se pelas demais regiões administrativas do Estado; os sete companheiros que vivem em outros Estados e em outro país correspondem a 7,15% do total.

Cremos que essa distribuição deverá ser, doravante, levada em consideração para a escolha dos locais em que serão realizados os encontros da XX Turma, a fim de que um número cada vez maior de colegas possa participar dessas reuniões anuais; temos certeza de que a distância não será um obstáculo relevante para a vinda de colegas residentes em pontos mais distantes dos locais desse encontros; afinal, a oportunidade de rever colegas e amigos de tanto tempo, numa celebração da alegria e da amizade que nos une, haverá de constituir a motivação principal para a vinda de todos.

Brevemente daremos notícias acerca da reunião a ocorrer em 2012, ocasião em que a XX Turma irá comemorar os 37 anos da sua formatura.


quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A ALEGRIA DE REVER OS AMIGOS

da esquerda para a direita: Edmir Félix da Silva Júnior e Antonio Ozório Leme de Barros
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É sempre um enorme prazer encontrar os amigos, especialmente aqueles com os quais compartilhamos fases importantes da nossa vida. Na transição de 2011 para 2012, tive a alegria de encontrar, em Campos do Jordão, SP, o querido companheiro Edmir Félix da Silva Júnior, da XX Turma da Faculdade de Medicina de Sorocaba, que, acompanhado de Priscila Marchini Silva, sua simpática esposa (irmã do nosso estimado colega Evaldo Siqueira Marchini), participou da festa de réveillon promovida por um dos hotéis daquela aprazível cidade serrana.

Edmir, que tem ido com frequência aos encontros da XX Turma, deverá estar presente no evento a ser realizado no segundo semestre de 2012 (possivelmente em setembro), em local a ser definido em prazo oportuno, destinado à comemoração dos 37 anos da nossa formatura.

Reservem, desde já, um espaço em suas agendas para essa reunião, que será, como sempre, inesquecível!

Antonio Ozório Leme de Barros


sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

EM 2012: XX TURMA - 37 ANOS!


Caríssimos companheiros da XX Turma:

De início, queremos compartilhar com todos, numa celebração da chegada de 2012, essa linda canção composta por Ivan Lins e Vitor Martins, cujo título é NOVO TEMPO, que nos fala da esperança de termos uma vida e um mundo cada vez melhores, com menos injustiças e desigualdades; vejam que bela letra Vitor Martins escreveu para a melodia de Ivan Lins:

NOVO TEMPO 

No novo tempo, apesar dos castigos
Estamos crescidos, estamos atentos, estamos mais vivos
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer
No novo tempo, apesar dos perigos
Da força mais bruta, da noite que assusta, estamos na luta
Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver
Pra que nossa esperança seja mais que vingança
Seja sempre um caminho que se deixa de herança
No novo tempo, apesar dos castigos
De toda fadiga, de toda injustiça, estamos na briga
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer
No novo tempo, apesar dos perigos
De todos os pecados, de todos enganos, estamos marcados
Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver
Pra que nossa esperança seja mais que vingança
Seja sempre um caminho que se deixa de herança
No novo tempo, apesar dos castigos
Estamos em cena, estamos nas ruas, quebrando as algemas
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer
No novo tempo, apesar dos perigos
A gente se encontra cantando na praça, fazendo pirraça
Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver
Pra que nossa esperança seja mais que vingança
Seja sempre um caminho que se deixa de herança

No mais, tivemos momentos alegres e tristes em 2011; por um lado, a alegria do reencontro, na festa realizada no período de 7 a 9 de outubro deste ano, em comemoração dos 36 anos da nossa formatura; por outro, a tristeza por saber que deixaram o nosso convívio os queridos colegas Sérgio dos Santos no dia 13 de janeiro, João Francisco de Moraes no dia 16 de abril e Hertz Moura de Jesus no dia 23 de dezembro.

Fica a certeza, porém, de que a vida segue em frente, sabedores, todos nós, de que a melhor forma de honrar a lembrança dos que partiram será a celebração permanente da grande amizade que nos une.

Em 2012, iremos comemorar os 37 anos da formatura da XX Turma da Faculdade de Medicina de Sorocaba; gostaríamos de contar com um número cada vez maior de colegas nos nossos encontros que, doravante, se realizarão anualmente; pedimos a todos que se programem para participar desses eventos, que serão inesquecíveis!

Desejamos a todos um ano novo com muita saúde, paz, alegrias e realizações.

Um forte abraço,

XX TURMA - 37 ANOS
Comissão Organizadora


domingo, 25 de dezembro de 2011

HERTZ MOURA DE JESUS - IN MEMORIAM

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extraída da página http://www.rotary4620.org.br/files/informativoMAIO_2010montagem.pdf
As ferramentas informáticas de comunicação de que dispõe a XX Turma da Faculdade de Medicina de Sorocaba (correio eletrônico e blogue) prestam-se à difusão, quase sempre, de notícias que nos alegram e nos incitam ao fortalecimento da nossa eterna amizade e do grande afeto que nos une; algumas vezes, porém, cabe-nos levar a todos algumas informações que nos causam muita, muita tristeza.

E é com grande pesar que cumprimos o doloroso dever de informá-los acerca do falecimento do nosso querido colega Hertz Moura de Jesus, ocorrido na noite do dia 23 de dezembro de 2011, em Votorantim, SP; o seu corpo foi levado para cremação no Memorial Park (Sorocaba, SP) no dia 24 de dezembro de 2011, às 15h30min; Hertz estava com 61 anos e teve três filhos: Hertz Jr., Jefferson e Ana.

Hertz deixa-nos um belo exemplo de luta e obstinação no enfrentamento de dificuldades e, especialmente, de preconceitos; soube superar com sabedoria todas as barreiras colocadas em sua trajetória; foi um verdadeiro vencedor; dotado de um senso de humor inteligente, fino e sutil, encantou a todos aqueles que tiveram o privilégio de compartilhar a sua luminosa presença.

Fará muita falta a todos nós.



sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

TECNOLOGIA & CANÇÕES NATALINAS

Jean-Baptiste Craipeau é um jovem músico originário de Pays de la Loire, França, com sólida formação técnica como instrumentista, arranjador e cantor; vale-se, para algumas das suas gravações disponíveis no YouTube, de um interessante recurso tecnológico que consiste na sobreposição de vozes, feita em ambiente caseiro, disso resultando belíssimos números vocais a capella (sem acompanhamento instrumental) em quatro, cinco e seis vozes.

A canção natalina que ele apresenta em seguida é um verdadeiro clássico, cuja versão em inglês é denominada O Come All Ye Faithful (o título original, em latim, é Adeste Fideles, com letra no mesmo idioma), possivelmente composta por John Francis Wade no século XVIII:


A canção seguinte, The Christmas Song, foi composta em 1944 por Mel Tormé (um notável cantor americano cuja carreira teve impulso no pós-guerra) e Bob Wells, tendo sido gravada, pela primeira vez pelo The Nat King Cole Trio em 1946; uma vez mais Craipeau esbanja talento e técnica vocal na construção dessa peça a capella:


Bom divertimento!

Antonio Ozório Leme de Barros


quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

MENSAGEM DE RAUL JOSÉ CIASCA DE ARAÚJO

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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O NATAL NA CANÇÃO BRASILEIRA

A música urbana brasileira tem agregado, ao seu rico patrimônio artístico, canções natalinas, algumas bem conhecidas, já integradas à cultura popular; valem-se, os seus compositores, de ritmos diversos, com abordagem, em suas letras, de temas que falam à nossa realidade; às vezes tristes, às vezes melancólicas, às vezes bem-humoradas, essas canções dão um contorno de brasilidade à festa e fazem parte da nossa memória afetiva.

A primeira canção aqui reproduzida chama-se O Velhinho e foi composta por Octavio Babo Filho, advogado carioca, primo de Lamartine Babo; a música foi gravada inicialmente por João Dias (cujo timbre de voz lembra bastante o de Francisco Alves); há outras versões dela, nas vozes de cantores como Carlos Galhardo, Simone e Dominguinhos; esta gravação é de 1953 e dela participam João Dias e Edith Falcão:


A canção seguinte, Boas Festas, é uma das pérolas da nossa música popular e foi composta por Assis Valente em 1932; sua primeira gravação ocorreu em dezembro de 1933, na voz de Carlos Galhardo, e teve enorme sucesso; posteriormente, veio a ser registrada por muitos outros intérpretes, entre os quais Roberto Carlos, João Gilberto e Maria Bethânia; a versão aqui reproduzida foi gravada ao vivo por Orlando Silva, possivelmente o melhor cantor com o qual a música popular do Brasil já contou (quando se consideram atributos como timbre, afinação, ritmo, dicção, interpretação e repertório):


Por fim, uma preciosidade composta por um dos gênios da nossa música urbana: trata-se de Véspera de Natal, de Adoniran Barbosa; Adoniran fazia questão de dizer que a pronúncia de "véspera" deveria ser "véspa" porque, no universo social em que a história se desenrola, ninguém falaria essa palavra de um modo tão complicado; era "véspa" e pronto.

A história tragicômica que nos é narrada por Adoniran jamais assume um peso indevido; antes disso, é impossível não se divertir ou não se comover com o esforço do pobre e desastrado Papai Noel que, não obstante a sua miséria (que lhe permite comprar, para a ceia, apenas bala mistura e um pãozinho de mel...), veste a fantasia do Bom Velhinho para agradar a sua prole e cumprir os preceitos da tradição natalina.

A gravação que se segue, do próprio Adoniran, faz parte do seu primeiro LP, lançado em agosto de 1974; além do próprio compositor, gravaram a canção artistas como Os Demônios da Garoa e Mônica Salmaso:


Bom divertimento!

Antonio Ozório Leme de Barros

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

UMA BREVE HISTÓRIA DO PAPAI NOEL

Papai Noel e a Coca-Cola
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Um simpático velhinho vestido com gorro, túnica e calças vermelhas com bordas de peles brancas, a calçar botas, costuma ocupar o centro das atenções durante o período natalino e povoar a imaginação das crianças. Trata-se do Papai Noel, que se encarrega de trazer presentes para as crianças bem-comportadas de todo o mundo na véspera do Natal dos cristãos.

Mas quem é essa figura? Como surgiu e de onde vem a tradição de se lhe atribuir a função de distribuir presentes nessa época do ano?

Em primeiro lugar, cabe observar que o nome brasileiro da personagem, ao que tudo indica, deriva da tradução parcial do seu nome francês, Père Noël: em vez de Papai Natal, como seria de se esperar numa tradução completa da expressão, adotou-se Papai Noel — parte em português, parte em francês —, hoje de uso consagrado no nosso País.

A personagem é uma composição de referências míticas integrada, especialmente, por atributos de um santo cristão — São Nicolau de Mira — e de um deus pagão da mitologia germânica, Odin; dessa divindade vem a referência a Sleipnir, um cavalo voador de oito patas, com o qual Odin podia cobrir grandes distâncias, mito que se relaciona ao trenó do Papai Noel, puxado por nove renas (cujos nomes são Corredora, Dançarina, Empinadora, Raposa, Cometa, Cupido, Trovão, Relâmpago e — a mais famosa delas — Rodolfo, a rena com nariz vermelho e luminoso); reza a tradição ainda que, se as crianças deixassem, próximos à chaminé das suas casas, seus sapatos com comida para o cavalo voador, Odin as recompensaria com presentes e doces, como retribuição pela gentileza.

São Nicolau de Mira
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Odin
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Da figura de São Nicolau de Mira vem uma outra parcela da construção da personagem. Nascido em Patara, sul da Turquia, por volta do ano 250, Nicolau tornou-se bispo da cidade de Mira, situada na mesma região. Ele foi uma figura muito venerada por sua bondade e pela prática constante da caridade, distribuindo dinheiro e bens aos necessitados, sempre de modo discreto, humilde e silencioso (na esteira do preceito de Mateus, 6: 1-4: “Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus./Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão./Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita;/Para que a tua esmola seja dada em segredo; e teu Pai, que vê em segredo, ele mesmo te recompensará publicamente.”).

Uma das lendas que integram a hagiografia de Nicolau faz alusão a um pobre cidadão que não tinha recursos para compor os dotes das suas três filhas, fato que o deixava desesperado por temer que elas, sem possibilidades de se casar, tivessem de se prostituir para sobreviver; Nicolau, ao saber disso, teria lançado, pela chaminé da casa, à noite, três sacos com moedas para os dotes, que vieram a cair dentro das meias das jovens, deixadas sob a chaminé para secarem com o calor do fogo; essa lenda, assim como o mito de Odin, explicaria o hábito de Papai Noel dar presentes, deixando-os dentro de meias ou sapatos colocados próximos às chaminés das casas.

Nicolau faleceu em 6 de dezembro de 342 e foi canonizado pela Igreja Católica sob o nome de São Nicolau de Mira; a sua festa litúrgica ocorre sempre no dia 6 de dezembro; é o protetor das crianças, dos estudantes, dos marinheiros e dos comerciantes e padroeiro da Rússia, da Grécia e da Noruega.

A personagem do bom velhinho, que emerge, já no século XVII, como Father Christmas na mitologia britânica, guarda correspondência com uma figura lendária holandesa conhecida como Sinterklaas (uma simplificação do nome Sint Nicolaas, ou São Nicolau); Sinterklaas foi introduzido no universo mitológico americano por meio dos imigrantes holandeses que povoaram, a partir de 1613, a ilha de Manhattan (hoje um dos bairros da cidade de Nova Iorque), na qual constituíram uma colônia denominada Nova Amsterdã; Sinterklaas, cujo mito veio a ser difundido entre as demais comunidades americanas, passou a ser chamado de Santa Claus, nome que até hoje designa o idoso presenteador.

É interessante observar as transformações pelas quais passou a iconografia do Papai Noel: inicialmente, representado por meio das figuras de São Nicolau de Mira ou do deus Odin, a imagem moderna do Papai Noel surgiu em 1863, desenhado por Thomas Nast, um cartunista americano, que o fez parecer um elfo — já distante da figura do bispo de Mira — em uma ilustração para o semanário Harper’s Weekly.

Santa Claus (desenho de Thomas Nast)
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A imagem criada por Nast se difundiu e foi prevalente até 1931, quando a Coca-Cola — que, desde 1922, utilizava a imagem de Papai Noel para mostrar que a bebida poderia ser consumida em qualquer época do ano, inclusive no inverno — passou a empregar, pelas décadas subsequentes, as ilustrações feitas pelo desenhista publicitário Haddon Sundblom, a mostrar o velhinho com o aspecto que todos conhecemos e que parece ser a sua forma definitiva; é bom lembrar que a cor vermelha da roupa do Papai Noel não foi introduzida pela Coca-Cola, pois já aparecia em diversas outras representações da figura; é evidente, porém, que o vermelho e o branco do traje estão em harmonia com a logomarca da empresa, desenhada com as mesmas cores.
O primeiro desenho do Papai Noel para a Coca-Cola
feito por Haddon Sundblom (1931)
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Papai Noel com o Sprite Boy,
personagem criado por Haddon Sundblom
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Por fim, sugerimos a visita a uma curiosa página do NORAD - North American Aerospace Defense Command, organização militar mantida por forças americanas e canadenses e destinada à proteção do espaço aéreo da América do Norte, que tem rastreado, por mais de cinquenta anos, o vôo do Papai Noel a partir da noite do dia 24 de dezembro, indicando, a cada momento, o paradeiro do velhinho montado no seu trenó; milhares de crianças (e adultos, é bom que se diga) de diferentes partes do mundo acompanham, com prazer, o divertido rastreamento que o NORAD faz do vôo do Papai Noel, empenhado na árdua tarefa de entregar, no prazo, presentes a todos os infantes que ansiosamente os aguardam; o endereço da página, em língua portuguesa, destinada ao rastreamento do vôo do Papai Noel é:


Vejam um dos vídeos produzidos pelo NORAD (a luz vermelha que guia o trenó do Papai Noel é o nariz de Rodolfo, uma das suas renas):


Bom divertimento!
Antonio Ozório Leme de Barros

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

ENCONTRO DE 2011 - 7

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No saguão do hotel no qual a XX Turma da Faculdade de Medicina de Sorocaba comemorou, em 2011, os 36 anos da sua formatura, colegas e familiares aproveitam a oportunidade para colocar a conversa em dia; na imagem, da esquerda para a direita, vemos o nosso estimado companheiro Amaury Proença, a sua amável esposa Sônia e a querida colega Silvia de Barros Nóbrega Dias Pacheco, sempre presentes nos encontros da XX Turma.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

MENSAGEM DE LUIZ ANTONIO BARRETO

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Tivemos a enorme alegria de rever, recentemente, na cidade de Campos do Jordão, SP, o nosso querido colega Luiz Antonio Barreto, que se achava acompanhado de familiares seus; por conta desse encontro, Barreto, que fizera alusão ao desejo de voltar a reunir-se com os companheiros da XX Turma da Faculdade de Medicina de Sorocaba, redigiu uma mensagem dirigida a todos nós e que é transcrita a seguir:
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Caros amigos,

Fiquei muito feliz de encontrar o Ozório no Grande Hotel em Campos do Jordão. Ele tem a importante função de manter unida a Vigésima Turma da PUC-Sorocaba com as suas inserções oportunas.

Mas nem sempre a vida são só flores. A morte do João Francisco, um verdadeiro irmão e colega de república, me surpreendeu.

Quero desejar a todos felicidades e que continuem com sucesso na vida particular e profissional.

Um abraço,

Luiz Antonio Barreto
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Tenha certeza, estimado Barreto, de que é desejo de todos nós, seus companheiros da XX Turma — agradecidos pelas palavras carinhosas e fraternais que nos enviou — que a vida possa trazer, cada vez mais, muita saúde e paz para você e todos os seus.

Lembre-se: queremos ver você e os seus familiares nos nossos próximos encontros!


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

ENCONTRO DE 2011 - 6

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A passagem do tempo tem tido o condão de reforçar os laços de amizade e afeto que regem as relações entre os integrantes da XX Turma da Faculdade de Medicina de Sorocaba; na foto, da esquerda para a direita, os colegas Reinaldo Salvestro, José Luiz Rodrigues Branco, Paulo Roberto Rodrigues Branco e Waldemir de Silos Labonia expressam a alegria por rever companheiros de tão longa jornada.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

ENCONTRO DE 2011 - 5

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O encontro de 2011 da XX Turma da Faculdade de Medicina de Sorocaba, na comemoração dos 36 anos da sua formatura, foi aberto com um coquetel de recepção, ao qual compareceram todos os participantes do evento; na foto captada nesse coquetel vemos, em primeiro plano, da esquerda para a direita, Osmarina Jabur (esposa de Zacharias Jabur) e os colegas Erezil Gomes de Freitas e Marisdalva Viegas Stump; ao fundo, Cynthia Jabur Scudeler (filha de Zacharias) e seu marido Acácio Humberto Scudeler.



sábado, 12 de novembro de 2011

UMA BELA HISTÓRIA DE LUTA

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Essa jovem que aparece na foto (captada em 1879) é Maria Augusta Generoso Estrella (nascida no Rio de Janeiro em 1860, cidade na qual faleceu em 1946), a primeira brasileira a se tornar médica. Queremos, nesta postagem, falar um pouco a respeito da sua vida e da sua trajetória, que merecem ser conhecidas e admiradas, em vista das enormes dificuldades que teve de enfrentar para ser médica; vejam isso, especialmente, como uma forma de homenagear as trinta queridas colegas formadas pela XX Turma da Faculdade de Medicina de Sorocaba que, de algum modo, também precisaram superar barreiras e preconceitos para se tornarem médicas.

Vivemos num mundo onde as mulheres ainda estão sujeitas a formas variadas de discriminação negativa, que lhes impõem dificuldades para o alcance da plena realização no âmbito social, na sua educação e na vida profissional; há que se mudar esse quadro.

A história de Maria Augusta Generoso Estrella, por outro lado, é também um exemplo notável de outra espécie de discriminação negativa, essa, ainda, lamentavelmente pouco percebida: referimo-nos às dificuldades que se criam para os superdotados.

Pessoas que apresentam graus elevados de inteligência (vista esta sob todas as suas formas de manifestação), os superdotados deveriam receber cuidados especiais, mediante políticas públicas que lhes oferecessem acesso a planos curriculares destinados a atender a sua capacidade de aprendizagem rápida, de modo a lhes permitir que, em breve espaço de tempo — menor do que aquele demandado pelos currículos escolares tradicionais —, pudessem logo se tornar produtivos, gerando conhecimento, ciência e cultura em benefício da humanidade.

Maria Augusta Generoso Estrella, jovem superdotada, percorreu um verdadeiro calvário para graduar-se em medicina; conhecer, mesmo que rapidamente, a sua história pessoal, dá-nos ideia da extensão do caminho que ainda temos de percorrer, até que todos os seres humanos possam aproveitar, por inteiro, as suas potencialidades e, sobretudo, ser felizes.

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A primeira médica brasileira foi Maria Augusta Generoso Estrella.

Em 1875, com apenas quinze anos de idade, muito inteligente e estudiosa, manifestou sua intenção de estudar Medicina (consta que teve o despertar desse interesse durante uma viagem de navio, em que houve um abalroamento com um cargueiro, daí resultando ferimentos em marinheiros, dos quais ela ajudou a tratar).

No Brasil, nessa época, ainda não era permitido o ingresso de mulheres nas Faculdades de Medicina, mas, insistindo com seu pai, Maria Augusta partiu para os Estados Unidos, para tentar cursar o Medical College for Women [New York Medical College and Hospital for Women], tendo porém seu pedido negado por não ter a idade mínima exigida para ingresso, que era de dezoito anos. Mas, não se conformando, Maria Augusta propôs à Congregação da Escola que fizessem um debate, ao qual, além dos membros da Congregação, compareceram professores e alunos, diretores e famílias tradicionais do local, para ver e ouvir o que aquela mocinha tinha a dizer.

De uma tribuna especialmente preparada para ela, Maria Augusta perguntou aos membros da Congregação: "Que importa a idade se me acho apta aos exames de suficiência que os senhores exigem? Por que a recusa para que eu seja examinada?"

O exame foi marcado para o dia seguinte e, em inglês perfeito, Maria Augusta foi respondendo a todas as perguntas. Obteve a aprovação imediata e logo a seguir matriculou-se.

Houve repercussão do caso em todo o mundo e, no Brasil, por decisão de D. Pedro II, que ficou emocionado com o sucesso da brasileirinha, considerou-a "Bolsista do Império", por Decreto de 20 de outubro de 1877.

Quando terminou o curso, novo empecilho surgiu, pois a idade mínima para a graduação era de 21 anos. Teve de aguardar mais dois anos, os quais aproveitou para frequentar clínicas e hospitais. Ao colar grau, foi escolhida como oradora da turma e agraciada com medalha de ouro.

Retornou ao Brasil em 1882, tendo sido recebida em audiência especial pelo Imperador D. Pedro II e pela Imperatriz.

Maria Augusta clinicou por muitos anos na sua cidade natal, o Rio de Janeiro, tanto na Capital como no Interior, atendendo mulheres e crianças e dando atenção especial aos pobres. Sempre lutou pelos direitos da mulher, em consonância com seus antigos preceitos. Cabe, aliás, lembrar que, quando nos Estados Unidos, também editou um jornal que defendia as causas feministas. A Dra. Maria Augusta Generoso Estrella faleceu em 1946, aos 86 anos, ainda lúcida, no Rio de Janeiro, onde nascera.

Foi principalmente devido a seu exemplo e aos esforços que as mulheres do Brasil passaram a ter acesso às Faculdades de Medicina, pela Reforma Leôncio de Carvalho, a partir de 1879.

texto: Dra. Verônica Rapp de Eston, Dra. Drina Coelho Ungaretti e Dra. Magdalena Hildegard Stoltz,

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Uma linda história, não acham?

domingo, 6 de novembro de 2011

ENCONTRO DE 2011 - 4

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Colegas e familiares da XX Turma da Faculdade de Medicina de Sorocaba, numa celebração perene da amizade que os une; na foto, em primeiro plano, da esquerda para a direita: Cláudio Antonio Melitto, Marisdalva Viegas Stump, José Oswair Drigo, Elizabeth Drigo e Marly Melitto; ao fundo: José Agrícola de Oliveira Júnior, William Salim Awabdi (de perfil) e Reinaldo Salvestro.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

ECOS DA FORMATURA - 67 (ATUALIZADA)

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da esquerda para a direita, na fila de cima: Anna Maria Sangalan, Célia Regina Castro Siqueira Franco, Cristina Natuco Fukaya Arita, Helena Hideko Seguchi Kaziyama, Cacilda Maria Cosentino Furquim e Marisdalva Viegas Stump; na fila intermediária: Tizuru Suzuki, Mara Nelma Lopes Gavazza, Ana Luísa Guimarães Ulian, a saudosa Maria Cândida Esteves, Walkiria Samuel Avila, Regina Satie Kamiyama, Regina Satico Omati e Maria Regina Laserra Belino; na fila de baixo: Luiza Naomi Ishikawa Nakaie, Norma Noriko Yamamura Honda, Maria Cecília Mari, Anna Maya Yoshida Yamamura, Tânia Aparecida Barauna (da XXI Turma), Lauro Martins Júnior, Loreta Bent Valeixo, Eli Maria Lima, a saudosa Louisa Melkonian Djehdian e Silvia de Barros Nóbrega Dias Pacheco.

Quando publicamos essa preciosa foto (note-se que na imagem aparecem 21 das 30 colegas que se formaram em 1975 pela XX Turma da Faculdade de Medicina de Sorocaba) numa postagem de 15 de julho de 2010, faltava-nos a informação acerca da identidade de uma jovem que aparece na fila intermediária, à esquerda.

O tempo e a generosidade da colega Lígia Bailoni Narbot (Lica), da XXIII Turma da nossa escola, ajudaram-nos a completar a identificação das pessoas que estão na fotografia: recentemente, recebemos uma mensagem sua por meio da qual ela nos esclarece que a jovem acima referida é Tizuru Suzuki, integrante da XXIII Turma e irmã da nossa colega Urara Suzuki.

Completada a identificação, resta-nos agradecer à Lígia pela valiosa informação e dizer-lhe que será, sempre, muito bem-vinda neste blogue, que tem sido referência não apenas para os companheiros da XX Turma como para todos os colegas que tiveram o privilégio e a alegria de estudar na Faculdade de Medicina de Sorocaba.

Ligia nos informa, ainda, que a XXIII Turma mantém um grupo na rede social Facebook, do qual participam 38 dos seus integrantes; o grupo será, certamente, acessível aos interessados.

Obrigados, Lígia!