Caríssimos colegas da XX Turma:
Muita saúde e paz!
Permitam-me dividir com vocês algumas lembranças e reflexões.
Passei boa parte da minha vida — como muitos de nós — mergulhado no mundo acadêmico; depois da Faculdade de Medicina, cursei Direção Teatral da Escola de Comunicações e Artes da USP, fiz especialização em Administração Hospitalar do Programa de Estudos Avançados em Administração Hospitalar e Sistemas de Saúde (PROAHSA) da Fundação Getúlio Vargas e me graduei em Direito pela Universidade de São Paulo.
Em todas essas escolas, fui aluno de alguns professores notáveis, cuja capacidade de ensino transpunha o plano meramente técnico; davam esses mestres, aos estudantes, verdadeiras lições de disciplina intelectual, de rigor ético e de compromisso com a vida; tive o privilégio de aprender teatro com Clóvis Garcia, Miroel Silveira e Myriam Muniz, entre outros; no Largo de São Francisco, estudei com Goffredo da Silva Telles Júnior, Dalmo de Abreu Dallari, Manoel Gonçalves Ferreira Filho, Miguel Reale Júnior, Cândido Rangel Dinamarco, Ada Pellegrini Grinover, Eros Roberto Grau e Enrique Ricardo Lewandowski, apenas para mencionar alguns exemplos.
Entretanto, vejo a passagem pela Faculdade de Medicina de Sorocaba como um momento especialíssimo da minha formação; muito provavelmente, isso terá relação com o fato de que, ao longo do curso de Medicina, se haja operado a transição da adolescência para a idade adulta, durante a qual se consolida uma visão do mundo e da realidade que nos cerca que será determinante nas escolhas que faremos em nossa vida, de modo a nos tornarmos quem somos, na esteira do ensinamento de Friedrich Nietzsche (torne-se quem você é); penso mesmo que essa experiência não tenha sido somente minha, mas compartilhada por muitos de nós (talvez seja esse o motivo pelo qual temos mantido todos esses anos, apesar da distância e do pouco contato, laços tão fortes de amizade).
Por conseguinte, a aprendizagem com alguns mestres como os que tivemos terá sido, nessa etapa de vida, de magna importância; nenhuma outra experiência escolar foi, para mim, tão significativa como a passagem pela Faculdade de Medicina de Sorocaba; o convívio com alguns desses luminares — com destaque para os professores Walter Edgard Maffei, José Ramos de Oliveira Júnior e André Teixeira Lima — marcou profundamente a minha visão de mundo; ensinaram-me, além das extraordinárias lições em suas respectivas disciplinas, a importância de agir com dignidade e responsabilidade social (esforço-me a cada instante para não decepcioná-los).
Mergulhei ainda adolescente na Faculdade de Medicina de Sorocaba; dela, emergi adulto jovem (que saudades desse tempo!); os novos caminhos que trilhei posteriormente foram iluminados, em grande parte, pelos ensinamentos desses mestres.
A gratidão e o respeito que lhes devo são eternos; as lembranças que tenho deles e as lições recebidas, inesquecíveis.
Antonio Ozório Leme de Barros
Muita saúde e paz!
Permitam-me dividir com vocês algumas lembranças e reflexões.
Passei boa parte da minha vida — como muitos de nós — mergulhado no mundo acadêmico; depois da Faculdade de Medicina, cursei Direção Teatral da Escola de Comunicações e Artes da USP, fiz especialização em Administração Hospitalar do Programa de Estudos Avançados em Administração Hospitalar e Sistemas de Saúde (PROAHSA) da Fundação Getúlio Vargas e me graduei em Direito pela Universidade de São Paulo.
Em todas essas escolas, fui aluno de alguns professores notáveis, cuja capacidade de ensino transpunha o plano meramente técnico; davam esses mestres, aos estudantes, verdadeiras lições de disciplina intelectual, de rigor ético e de compromisso com a vida; tive o privilégio de aprender teatro com Clóvis Garcia, Miroel Silveira e Myriam Muniz, entre outros; no Largo de São Francisco, estudei com Goffredo da Silva Telles Júnior, Dalmo de Abreu Dallari, Manoel Gonçalves Ferreira Filho, Miguel Reale Júnior, Cândido Rangel Dinamarco, Ada Pellegrini Grinover, Eros Roberto Grau e Enrique Ricardo Lewandowski, apenas para mencionar alguns exemplos.
Entretanto, vejo a passagem pela Faculdade de Medicina de Sorocaba como um momento especialíssimo da minha formação; muito provavelmente, isso terá relação com o fato de que, ao longo do curso de Medicina, se haja operado a transição da adolescência para a idade adulta, durante a qual se consolida uma visão do mundo e da realidade que nos cerca que será determinante nas escolhas que faremos em nossa vida, de modo a nos tornarmos quem somos, na esteira do ensinamento de Friedrich Nietzsche (torne-se quem você é); penso mesmo que essa experiência não tenha sido somente minha, mas compartilhada por muitos de nós (talvez seja esse o motivo pelo qual temos mantido todos esses anos, apesar da distância e do pouco contato, laços tão fortes de amizade).
Por conseguinte, a aprendizagem com alguns mestres como os que tivemos terá sido, nessa etapa de vida, de magna importância; nenhuma outra experiência escolar foi, para mim, tão significativa como a passagem pela Faculdade de Medicina de Sorocaba; o convívio com alguns desses luminares — com destaque para os professores Walter Edgard Maffei, José Ramos de Oliveira Júnior e André Teixeira Lima — marcou profundamente a minha visão de mundo; ensinaram-me, além das extraordinárias lições em suas respectivas disciplinas, a importância de agir com dignidade e responsabilidade social (esforço-me a cada instante para não decepcioná-los).
Mergulhei ainda adolescente na Faculdade de Medicina de Sorocaba; dela, emergi adulto jovem (que saudades desse tempo!); os novos caminhos que trilhei posteriormente foram iluminados, em grande parte, pelos ensinamentos desses mestres.
A gratidão e o respeito que lhes devo são eternos; as lembranças que tenho deles e as lições recebidas, inesquecíveis.
Antonio Ozório Leme de Barros
Nenhum comentário:
Postar um comentário